O cidadão que queira utilizar o transporte público, como forma de se deslocar no quotidiano, procura conveniência de preço, flexibilidade e conforto.
A flexibilidade em transportes públicos só pode ser conseguida com elevadas frequências, uma vez que só com intervalos de horários muito curtos se consegue oferecer flexibilidade aos passageiros. Para o conforto contam a ergonomia, a limpeza, a informação aos passageiros, entre outros. Da combinação destes fatores resulta o maior ou menor sucesso de um sistema de transporte público.
O BRT – Bus Rapid Transit – é uma solução de transporte urbano troncal, estruturante na cidade, com o qual se articulam sistemas mais capilares, tipicamente autocarros urbanos. Começou a ser utilizado em 1974, em Curitiba, no Brasil, tendo depois sido adotado por outras cidades sul-americanas. Em Portugal, na ausência de massas urbanas tão densas como as da América do Sul, o perfil tenderá a ser mais do tipo suburbano, para transporte da periferia para o centro, a partir de onde passará a articular-se com outros meios.
Esta solução começa por ter custos de implementação reduzidos, o que viabiliza projetos em que a procura pode ser menor, mas com uma capacidade de transporte de passageiros idêntica ao do metro ligeiro. Os sistemas mais recentes caracterizam-se ainda pela propulsão amiga do ambiente, particularmente a elétrica, por ser a única viável que não emite gases e partículas nocivos.
Para os passageiros, o maior benefício deste sistema é ser confiável e regular, uma vez que opera num corredor dedicado que, em resultado de um menor custo para o operador, permite incrementar a oferta, alargar a frota e os serviços por ela realizados, aumentando também a frequência e oferecendo maior flexibilidade aos passageiros. As paragens são também mais confortáveis que as paragens comuns de autocarro, estando normalmente equipadas com mecanismos de informação avançados para os passageiros, facilitando a compreensão da oferta de veículos e permitindo fazer uma melhor gestão do tempo de espera para uma maior qualidade percecionada.
A Siemens tem uma vasta experiência com os vários subsistemas de apoio a corredores de BRT, no qual procura ser diferenciadora e acrescentar valor tecnológico, através, por exemplo, de um sistema de localização automática, em tempo real, dos veículos. Esta tecnologia permite que a prioridade, na circulação de veículos, seja atribuída em função da aproximação destas viaturas aos pontos de intersecção entre o corredor BRT e as vias comuns. Para além disso, a empresa tem uma abordagem holística à propulsão elétrica. O seu portefólio inclui um sistema de apoio à condução com base em guiamento ótico automático, que melhora a operação de acostagem[1], e ainda um sistema avançado de gestão de tráfego, centralizado e dotado de algoritmos de priorização absoluta do corredor de BRT, que otimiza a fluidez do tráfego.
Com esta abordagem integral, a Siemens pode apoiar a exploração do sistema BRT sem que isso cause transtornos ao tráfego urbano, contribuindo assim para a melhoria das condições de mobilidade de todo o território e de todos os modos transporte.
[1] Sistema de auxílio mecânico que atua sobre a direção do veículo e que permite maior precisão no posicionamento do veículo, em função da leitura óptica de marcas no pavimento. A correta marcação permite que o perfeito alinhamento entre o veículo, a paragem e a plataforma de acesso a passageiros.