Bike Sharing já rola em lisboa

03Os 400 voluntários escolhidos para testar o Bike Sharing, sistema de partilha de bicicletas lançado pela Câmara Municipal de Lisboa e pela EMEL, já pedalam desde o dia 21 de junho. E vão fazê-lo durante um mês. As 1410 bicicletas (940 elétricas e 470 convencionais) estarão disponíveis ainda durante o verão, mas, por enquanto, apenas as 100 primeiras, disponíveis em dez estações do Parque das Nações, vão estar a circular.

Com o Bike Sharing pretende-se criar uma alternativa ao uso de transporte automóvel. A rede partilhada surge como nova opção de mobilidade e como um novo meio de transporte público. As 1410 bicicletas estarão distribuídas por 140 estações, que são também ponto de rede wi-fi, e quem as quiser utilizar tem de recorrer a uma aplicação móvel chamada Lisboa Bike Sharing, disponível para os sistemas Android e iOS.

Entre outras coisas, a aplicação permitirá saber onde está a bicicleta mais próxima e qual o seu tipo e as condições da bateria, caso se trate de uma bicicleta elétrica. Permitirá ainda desbloquear a que se quer levar e bloquear a que se entrega. Numa lógica que deve bastante ao conceito de cidade, as bicicletas estão equipadas com GPS, o que permite saber o modo como as pessoas se deslocam, bem como os seus horários e rotas e identificar necessidades de novas zonas cicláveis.

O tarifário funciona em modalidades diárias (€ 10), mensais (€ 15) e anuais (€ 25). Destes valores e por cada viagem de 30 minutos serão descontados € 0,10, quando se recorra a uma bicicleta convencional, e € 0,20, quando se opte por uma elétrica.

Em teste

O objetivo dos testes que decorrem durante este mês de julho não passa apenas por verificar se aquilo que foi pensado responde às necessidades dos voluntários. Vai mais longe do que isso: quer partilhar a criação de soluções com os futuros utilizadores da rede de bicicletas Bike Sharing. Assim, durante um mês, os voluntários darão as suas próprias sugestões de melhoria dos equipamentos e das tecnologias aplicadas.

As ideias escolhidas serão aplicadas na primeira fase do projeto, que se expandirá de modo gradual em quatro zonas da cidade. Além das 15 estações do Parque das Nações, Lisboa contará ainda com 92 estações no chamado planalto central, uma área urbana com vértices no Saldanha, Areeiro, Telheiras e Sete Rios; 27 na Baixa e na frente ribeirinha; e, com seis no Eixo Central, que abrange as avenidas da Liberdade, Fontes Pereira de Melo e da República.

Como no trânsito há sempre acertos a fazer, os trabalhos do Bike Sharing não ficam fechados depois desta primeira fase do sistema de partilha de bicicletas estar completamente operacional. Os ritmos de utilização pelos ciclistas e as necessidades sentidas ditarão correções e expansões da rede, que até poderão ser pensadas numa lógica metropolitana.

O investimento feito pela empresa de mobilidade de Lisboa é da ordem dos 23 milhões de euros e incide sobre um contrato de prestação de serviços. O concurso foi adjudicado à empresa Órbita, de Águeda, que durante oito anos ficará responsável pelo fornecimento, instalação e manutenção das bicicletas e das estações do sistema de partilha Bike Sharing.

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