A Cleanwatts ganhou o projeto para a criação da Comunidade de Energia Renovável (CER) da Arquidiocese de Braga, que tem como objetivo a sustentabilidade, a redução de custos relacionados com a energia desta instituição e, também, o combate à pobreza energética entre as famílias carenciadas da região. Esta CER tem as suas centrais fotovoltaicas distribuídas por edifícios da Arquidiocese, em Braga e Vila Real, e vem no seguimento de vários projetos que a empresa tem em desenvolvimento, nacional e internacionalmente, com instituições religiosas e de solidariedade social.
“Vamos instalar uma Central Fotovoltaica de 1,2MWp nos telhados da Arquidiocese de Braga, que será integrada numa Comunidade de Energia Renovável”, explica José Basílio Simões, fundador e presidente da Cleanwatts, acrescentando que “além de alimentar a Arquidiocese com energia verde, vamos produzir energia suficiente para possibilitar que a Comunidade forneça ainda energia a 650 famílias carenciadas”.
Para além da redução de custos, a Arquidiocese de Braga torna-se, através deste projeto, carbon-positive, passando a gerar mais 27% de energia do que consome, e independentemente energeticamente, pois 45% da energia consumida passa a ser proveniente da central solar (autoconsumo).
“A vertente social e de combate à pobreza energética é uma das principais facetas das Comunidades de Energia e quando o cliente é uma instituição como uma Arquidiocese, que tem como missão o apoio a famílias carenciadas, esta vertente trona-se ainda mais relevante”, afirma José Basílio Simões, avançando com alguns números: “através deste projeto, a Arquidiocese apoiará cerca de 650 famílias que beneficiarão de uma tarifa social comunitária de apenas 13c/kWh, cerca de 30% inferior às atuais tarifas de mercado”.
Apesar de o projeto estar a nascer, já há planos para o futuro próximo: “a CER da Arquidiocese de Braga irá arrancar centrada nas instalações onde será instalada a central fotovoltaica (produtor-âncora). Numa fase posterior, a Cleanwatts angariará consumidores nesta região, de preferência com afinidades sociais e perfis de consumo complementares ao do produtor-âncora”, explica José Basílio Simões. “A CER poderá, posteriormente, crescer com a adesão de novos membros produtores, que tenham telhados ou terrenos com capacidade para expandir a potência fotovoltaica instalada. A CER também poderá crescer com a introdução de outras fontes de geração renovável, como eólica, biomassa ou hidroelétrica, por exemplo”, frisa o responsável.