O lançamento do projeto HUB-IN, no dia 1 de setembro, encetou uma nova jornada para a regeneração dos centros históricos das cidades europeias! Trata-se de um projeto financiado pelo programa europeu Horizonte 2020, com a coordenação geral da Lisboa E-Nova em parceria com 17 entidades europeias, entre as quais se inclui a Câmara Municipal de Lisboa.
Os centros históricos conferem a cada cidade uma identidade própria, pois são áreas com características sociais, culturais e patrimoniais específicas. No entanto, o abandono e a deterioração do património urbano em muitas das áreas históricas, tem sido algo visível durante as últimas décadas, conduzindo e acelerando a rutura das estruturas sociais tradicionais, a gentrificação e a dependência excessiva de setores voláteis, como o turismo. Reconhecendo a sua importância para a identidade e o desenvolvimento sustentável de cada cidade, o projeto HUB-IN irá trabalhar ativamente na inversão deste cenário, atuando na regeneração ambiental e na dinamização social e cultural destes centros históricos.
Durante os próximos quatro anos, o HUB-IN irá promover a transformação urbana através de iniciativas de inovação e empreendedorismo, com o objetivo de reverter sistematicamente as tendências de abandono e desertificação dessas áreas, desenvolvendo soluções que integram medidas de sustentabilidade ambiental e de preservação do património cultural.
Numa primeira fase, o projeto irá desenvolver uma rede de centros de inovação e empreendedorismo, que englobará oito cidades europeias parceiras, entre as quais se destaca Lisboa. Numa segunda fase, através da aplicação de métodos e ferramentas desenvolvidos de forma colaborativa entre os parceiros do projeto, a rede de centros históricos será alargada para um conjunto mais vasto de cidades europeias seguidoras.
É expectável e desejável que os processos de transformação urbana, ensaiados e testados durante o decurso do HUB-IN, se estendam para além do período do projeto e que venham a contribuir de forma estrutural para a criação de empregos e de novas oportunidades em atividades relacionadas com as Indústrias culturais e criativas, com os novos estilos de vida e com uma utilização sustentável de recursos endógenos, naturais e sociais.