Realizou-se nos dias 26 e 27 de Junho, mais uma reunião do Sharing Cities focada no pacote de trabalho que a Lisboa E-Nova está a liderar. Correspondeu à quinta reunião deste pacote de trabalho em que os 35 membros do consórcio debateram, em conjunto, o estado atual de implementação do programa nas três cidades-farol: Lisboa, Londres e Milão.
Durante dois dias, e sob uma agenda ambiciosa, o tema principal desta reunião centrou-se na discussão da melhor forma de explorar os resultados até agora alcançados pelos diferentes parceiros do projeto, bem como, ampliar o que pode ser o impacte gerado pelas iniciativas que temos vindo a promover, no sentido de criar cidades mais inteligentes.
Neste que é o pacote mais ambicioso do projeto, enquadram-se iniciativas tais como:
- Promover a reabilitação de edifícios residenciais e de serviços públicos e privados, visando reduzir o consumo de energia em 5.614.780 kWh/ano.
- Desenvolver sistemas inovadores de gestão de energia para edifícios e bairros, focados na otimização da eficiência do consumo com base nas necessidades locais.
- Implementação de um portfólio de medidas de mobilidade integradas, potenciando soluções e serviços de mobilidade elétrica e partilhada com vista a (i) reduzir a utilização tradicional de veículos privados, proporcionando uma aceitação de veículos elétricos através de modelos de negócio partilhados; (ii) construir sobre os esquemas existentes de bicicletas partilhadas com a introdução de bicicletas elétricas; (iii) expandir a rede de pontos de carregamento de veículos elétricos; (iv) explorar tecnologias de estacionamento inteligente testando e capturando a experiência operacional para incentivar a mobilidade elétrica; (v) demonstrar e apoiar a implementação de serviços de logística com recurso a veículos elétricos, comprovando modelos de negócio rentáveis.
- Demonstrar soluções para iluminação inteligente integrando as infraestruturas e serviços urbanos como soluções inteligentes que permitam a gestão e comunicação de dados, por exemplo de qualidade do ar, de forma integrada.
Mais uma vez, a garantia de implementação, e talvez mais relevante, a pretensão em assumir uma posição de liderança a nível Europeu, no que respeita à tipologia de soluções desenvolvidas, foi um dos tópicos de maior destaque nas discussões. Desta forma, para além de se provar e comprovar o sucesso e utilidade das soluções que temos vindo a desenvolver, no panorama das cidades inteligentes, todos os parceiros reafirmaram pretensão em que o desenvolvimento das mesmas tenha como objetivo fulcral a criação de valor de negócio que potenciem a sua replicabilidade noutras cidades, para além das três cidades-farol do projeto.
Do ponto de vista prático, as atividades de demonstração podem ser consideradas como um sucesso, tendo em conta os resultados alcançados até ao momento. No caso de Lisboa, por exemplo, e focando apenas nas medidas de mobilidade que se têm vindo a implementar, as estimativas mais recentes apontam para a redução das emissões de dióxido de carbono na cidade a rondar as 920 toneladas/ano. Resultado este que está cerca de 33% acima do que eram as expetativas iniciais, e que permitirá certamente à cidade demonstrar a sua ambição a nível internacional, nomedamente agora que foi considerada Capital Europeia Verde de 2020.