Sharing Cities – cidades inteligentes

Realizou-se em Lisboa nos dias 10 e 11 de abril a reunião de consórcio do programa Sharing Cities. Durante dois dias, e sob uma agenda ambiciosa, os 35 membros do consórcio debateram em conjunto o estado atual do programa nas três cidades-farol: Lisboa, Londres e Milão.

O tema principal desta reunião centrou-se na garantia e cumprimento de todos os requisitos de qualidade definidos. No terceiro ano de programa este é um tema permente pois todas as medidas e soluções deverão estar implementadas nas três cidades até ao final deste ano, nomeadamente:

  • Reabilitação de edifícios residenciais e de serviços públicos e privados, visando reduzir o consumo de energia em 5.614.780 kWh/ano.
  • Desenvolvimento de um sistema inovador de gestão de energia, com vista a maximizar a eficiência energética dos edifícios intervencionados e potenciar os benefícios através da criação de serviços inovadores de energia.
  • Implementação de um portfólio de medidas de mobilidade integradas, potenciando soluções e serviços de mobilidade elétrica e partilhada com vista a (i) reduzir a utilização tradicional de veículos privados, proporcionando uma aceitação de veículos elétricos através de modelos de negócio partilhados; (ii) construir sobre os esquemas existentes de bicicletas partilhadas com a introdução de bicicletas elétricas; (iii) expandir a rede de pontos de carregamento de veículos elétricos; (iv) explorar tecnologias de estacionamento inteligente testando e capturando a experiência operacional para incentivar a mobilidade elétrica; (v) demonstrar e apoiar a implementação de serviços de logística com recurso a veículos elétricos, comprovando modelos de negócio rentáveis.
  • Demonstração de soluções para iluminação inteligente integrando com outras infraestruturas e serviços urbanos inteligentes, permitindo a gestão e comunicação de dados de forma integrada.

Como principal resultado desta reunião, todos estes compromissos assumidos saíram reafirmados por parte dos membros do consórcio. Esta reafirmação centrou-se não só numa perspetiva de garantia de implementação, mas também, e talvez mais relevante, na pretensão em assumir uma posição de liderança a nível Europeu, no que respeita à tipologia de soluções selecionadas. Desta forma, para além de se provar e comprovar o sucesso e utilidade das soluções implementadas no panorama das cidades inteligentes, pretende-se que o desenvolvimento das mesmas tenha como objetivo fulcral a criação de mercado e modelos de negócio que potenciem a sua replicabilidade.

No que respeita às atividades de demonstração, lideradas globalmente pela Lisboa E-Nova, a reunião assumiu também um papel muito relevante para o planeamento dos próximos meses que são críticos para o sucesso do programa. Neste âmbito, as discussões estiveram centradas fundamentalmente no progresso da implementação das medidas e soluções previstas, e atrás sucintamente descritas.

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